ROMPIDO CORAÇÃO
Um dia há de chegar, eu não sei quando
Meu peito há de bater n’último impulso,
Sangrar meu coração, frágil e convulso,
As fibras se romperem me matando.
Não sei se dolorido, breve ou brando,
Como será rompido desse pulso
Esse laço venal, latente, avulso,
Já no espasmo mortal não mais sangrando.
Quando a morte não tarda se me avança
A querer dar-me um corte a fina lança
Não permite ao meu corpo a extrema-unção.
Meu corpo há de baixar à sepultura,
Minh’alma há de fazer a ruptura:
Do meu peito arrancar-me o coração.
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Um dia há de chegar, eu não sei quando
Meu peito há de bater n’último impulso,
Sangrar meu coração, frágil e convulso,
As fibras se romperem me matando.
Não sei se dolorido, breve ou brando,
Como será rompido desse pulso
Esse laço venal, latente, avulso,
Já no espasmo mortal não mais sangrando.
Quando a morte não tarda se me avança
A querer dar-me um corte a fina lança
Não permite ao meu corpo a extrema-unção.
Meu corpo há de baixar à sepultura,
Minh’alma há de fazer a ruptura:
Do meu peito arrancar-me o coração.
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