O DESALENTO
O desalento espelha a alma triste,
Não preciso buscar a solidão,
Pois ela está comigo, e não existe
Maneira de a expulsar do coração.
A tristeza parece que resiste
Eternamente como um fardo tão
Pesado que carrego, no que assiste
Às lágrimas profundas de emoção.
No estado melancólico que estou,
Já nada estou contente, e só lamentos
Tenho para contar dos meus fracassos.
Parece que a alma já se habituou
Aos pesares dos tantos sentimentos
Meus, de infinitos erros dos meus passos.
Ângelo Augusto