REFLETIR
Por que é que temos de viver, se temos
Um dia que morrer? E tudo o resto
Vai acabar um dia? Mas busquemos
O que interessa mais do bem honesto
Dos nossos corações, que não os vemos,
Mas que os sentimos num singelo gesto,
Onde a humildade rende o que aprendemos
De bom, e o menos bom pomos no cesto.
A evolução caminha a passos largos
Como uma garantia mais que certa,
De que vamos passar males amargos...
Com o mundo a mudar o medo aperta,
Por pensarmos nos últimos encargos
Da terra morta, infértil e deserta.
Ângelo Augusto