A GEA MÃE
Tão formosa, ó divina Gea maternal!
De ti nasceram as excelsas dimensões
E em ti brotam as desumanas condições
Que dão sentido à estranha vida natural…
O horizonte que te protege é magistral
As estrelas e o sol são tuas criações
Em ti viajam as distintas estações
E os dias e as noites de forma tão igual.
Por ti correm as águas dos rios e dos mares
De ti se faz colheita a fruta dos pomares
Num clamoroso hino ao verde das colinas.
Mas já se vão desnorteando as razões
E as trevas miseráveis das cruéis paixões
Secam na vida humana as crenças peregrinas…
Onde está, ó Gea Mãe, a tua qualidade
E onde habitam as virtudes genuínas
Dos filhos de Adão sem alma nem idade?
O tempora, o mores, quem reconstrói tuas ruínas?
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA