Com sumo amor
Por favor! Não despertes meus
Demônios. Não sei controlá-los.
São dementes e tu podes torná-los
Palavras minhas – poemas plebeus.
Por amor! Não vás embora tu teus
Medos de menina. Vou poetizá-los
Para que se tornem menores. Nós
Prendem-nos entre nós. Os ateus
Conceitos sobre o amor divino
Faz-me lembrar minhas agonias.
Por dor! Não refaça meu destino.
Ele está pré-feito nas tuas alegrias!
Pudor! Logo tocará na igreja o sino
Anunciando nosso amor. Por dias!
II
Podias tu, não chorar! E se chorares,
Chores de alegria, com sumo amor.
Saibas que sou teu... Irei compor
Poemas em teu nome, e não pares
De ser tão minha. Vou aos lares
Mais inocentes. Sou organizador
De palavras. Hoje, organizo a dor
Do teu peito, não vou aos bares!
Vou sóbrio ao sol do teu olhar!
Só o lar dos teus braços me aquece.
Vou colar as letras no papel e rimar
Quando for sol. E quando formar
O crepúsculo, tu serás a prece
Que vou fazer. Amor, não te aprece.
"Dia após dia confirmo, tu és poesia".