Caros amigos, amigas, leitores e leitoras, parceiros,
ainda hoje escrevi no face: "Penso que o poeta (a poetisa) é aquele (aquela) que dá voz aos seus outros "eus" sufocados nos pantanais da mesmice de si, do eu que prevalece. Edir, a Flor do Cerrado"
Acabei de escrever este soneto, mas não se deve confundir esse meu eu-lírico amargo e descrente comigo, a mulher, mãe, amiga, educadora, antropóloga. Não sou assim, como esses versos que abaixo apresento. Fico preocupada com os amigos e amigas que poderão pensar que tendo ao suicídio, como o poema abaixo poderia indicar. Hoje aqui em Brasília faz sol, estou escutando música clássica e escrevendo, de bem com a vida.
Basta!
A vida, que roubou os meus brinquedos,
espedaçou-me os sonhos, as quimeras,
levou a luz das belas primaveras,
os dias mais alegres, ternos, ledos,
deixou-me, nos caminhos, dores, medos,
o tédio insuportável das esperas,
as garras dos fantasmas e megeras,
descalça sobre as pontas dos penedos.
E agora, já descrente, até de Deus,
me resta, sem pensar, dizer um basta,
e sem demais delongas, dar-te adeus.
Oh! Vida que, sem dó, me leva, arrasta,
empurra, para o abismo, os dias meus,
tu és a poderosa iconoclasta.
Brasília, 14 de Janeiro de 2014.
Seivas d'alma, pg. 18
ainda hoje escrevi no face: "Penso que o poeta (a poetisa) é aquele (aquela) que dá voz aos seus outros "eus" sufocados nos pantanais da mesmice de si, do eu que prevalece. Edir, a Flor do Cerrado"
Acabei de escrever este soneto, mas não se deve confundir esse meu eu-lírico amargo e descrente comigo, a mulher, mãe, amiga, educadora, antropóloga. Não sou assim, como esses versos que abaixo apresento. Fico preocupada com os amigos e amigas que poderão pensar que tendo ao suicídio, como o poema abaixo poderia indicar. Hoje aqui em Brasília faz sol, estou escutando música clássica e escrevendo, de bem com a vida.
Basta!
A vida, que roubou os meus brinquedos,
espedaçou-me os sonhos, as quimeras,
levou a luz das belas primaveras,
os dias mais alegres, ternos, ledos,
deixou-me, nos caminhos, dores, medos,
o tédio insuportável das esperas,
as garras dos fantasmas e megeras,
descalça sobre as pontas dos penedos.
E agora, já descrente, até de Deus,
me resta, sem pensar, dizer um basta,
e sem demais delongas, dar-te adeus.
Oh! Vida que, sem dó, me leva, arrasta,
empurra, para o abismo, os dias meus,
tu és a poderosa iconoclasta.
Brasília, 14 de Janeiro de 2014.
Seivas d'alma, pg. 18