SONETO DO DESEJO ETERNO..


Desvirgina manso o cálice do poema,
lábios revestidos de um acre tempero,
no grafema mora a alma da gema,
sórdido esconderijo,desmedido exagero.


A poesia passeia na sua pele bronseada,
na janela do seu alvo sorrriso,nasce a lua,
oh desabrochar de lírios nesta enseada,
quero despir-me,quero ser só sua.


Mas de quê de fato, veste o poeta,
na sua armadura,de sussurro, de grito,
se não da paz sobrepondo o agito.


Passa carregando  lucidez concreta,
no peito um coração altivo.agiganta,
traga nos lábios, a voz que me acalanta.




 
Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 14/01/2014
Reeditado em 20/01/2014
Código do texto: T4649387
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