ESCORREGÃO

ESCORREGÃO

Joyce Sameitat

Trago um rasgo bem grande no peito;

Ferida aberta pelas dobras do tempo...

Tampada aleatoriamente pelo vento;

Que para tal... Não leva lá muito jeito...

Flutuo entre o anonimato e a multidão;

Tentando separar toda vigília do sono...

Enquanto a alma sentada num trono;

Coroa sua cabeça com meu coração...

Ao se ver nas alturas fica todo aceso;

Não consegue mais se manter coeso...

E sai rastreando o amor que perdeu!

Escala o arco-íris que a chuva formou...

Mas mal chega ao cume já escorregou;

Por ser afoito sem querer se excedeu...

SP - Janeiro 2014

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 14/01/2014
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