A rosa, entre um crisântemo e um lírio,
ainda espera o ser levada a sério :
é história de histeria e de mistério
o enredo que culmina em seu martírio.
A lápide suspeita desse empíreo
de fragrância migrando sem critério :
o mármore com data ao cemitério
traduz o trio florido por delírio.
E a espera finda, e finda nesse cheiro
das coisas que não têm (não mais) a voz
chegando e já partindo o fevereiro.
Verdade alguma dura tanto em nós :
a perda é parte, nunca por inteiro
no quanto fere e em tudo a vir, no após...