TENHO MEDO
Tenho medo de não mais enxergar
Esses teus lindos olhos tão brilhantes...
Tenho medo de não mais navegar
Nessas ondas das mãos aconchegantes!...
Tenho medo de não ter paladar
Ao beijar-te; desejos dos amantes!...
Tenho medo de não poder sonhar
Nossos sonhos assim, tão flamejantes!...
Tenho medo de não mais suportar
Essa ausência tua a devorar
Os sentidos em mim, dores vorazes!...
Tenho medo de não mais te tocar,
Nem sentir essa pele a tatuar
Nossos sonhos, por fim, já mais audazes!...
SOL Figueiredo – 07 de janeiro de 2014 – 9h.
Soneto em Martelo agalopado