Sem palavras
Se este amor nos é o então ensejo
Esqueça-te, cala-me com um beijo...
Pois cá, de nada presta o falar,
Debruças o teu corpo, á roçar
Sobre a minha pele, que almejava,
Desças a tua lìngua, suavemente
Dar-se o gozo n’alma, tremulada
Que se inquietava por ti loucamente
Nesse momento que em ti estava.
Suas, gemes, grita, mas não fala!
Não agora, sê o libido docemente.
Atrelado ao corpo que implora,
Apregoa a alma amor eternamente
Sacia a falta amor, que ao ser devora.