Avarento.
Venera seus tesouros, os encobre
E latas são ouros pros seus prazeres
Seus doeres se amenizam com seus cobres
Ah nobres e destoados seres.
Talheres a cortarem a avareza
E a mesa nunca posta, é o jejum...
Poupando sempre guarda mais algum
Vontade se perdendo na certeza
De que a ambição devora sua fome...
De inexistência é o seu dia a dia
E o desconforto, em vão, só lhe reclama.
E na pútrida vereda vive, some.
Pobre Nobre, dispensa a iguaria
Pra ver o cofre cheio! Eis seu drama.
JRPalácio