Avarento.

Venera seus tesouros, os encobre

E latas são ouros pros seus prazeres

Seus doeres se amenizam com seus cobres

Ah nobres e destoados seres.

Talheres a cortarem a avareza

E a mesa nunca posta, é o jejum...

Poupando sempre guarda mais algum

Vontade se perdendo na certeza

De que a ambição devora sua fome...

De inexistência é o seu dia a dia

E o desconforto, em vão, só lhe reclama.

E na pútrida vereda vive, some.

Pobre Nobre, dispensa a iguaria

Pra ver o cofre cheio! Eis seu drama.

JRPalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 12/01/2014
Reeditado em 12/01/2014
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