MAIS DO QUE DEVERIA...
Sempre me responde com perguntas,
Parecendo está em outro mundo,
Ao se pronunciar, apenas me assunta,
Quem, de mim, ouviu sonhos profundos.
E essa voz meiga, mansa, de anjo,
Com fundamentos mundanos,
Palavras e armadilhas, um gancho,
Mesmo sabendo... Não mudamos.
Ler-me de canto a canto, tanto,
Que já não sou seu doce mistério,
Enxergando minha efêmera alegria.
Se for pureza, então me espanto,
Pois desvendou segredos e critérios,
Mais do que eu pude ou deveria.