A pretensão de viver...

A infância chega, a infância passa, corre a infância

E a vida começa e a vida processa e a vida morre,

Mas os bons cedo tardam e os maus tarde cedam...

Porém, a melancólica arte de brincar na ciência

Mostra a simplória superioridade da poesia que se sorve

Na vida que fotos deixa na passagem dos poetas que se façam...

Quero um dia poder ter a sorte da arte que escorre pelas veias

Do artista que morre de arcar com as consequências de achar

Sobre as coisas do tempo que escorre, sem esquecer das teias

Que a aranha deixa ao passar qual vida que o tempo está a matar...

Então, bebamos cicuta e morramos para cedo tardar em oposição,

Mas, se quisermos viver, amemos logo e sempre para tarde ceder

Ao coração do sentimento de amor que nos absorve sem mágoas no coração,

Pois a vida é morte e a morte é vida, mas a poesia supera ao pretender...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 07/01/2014
Código do texto: T4639502
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