A pretensão de viver...
A infância chega, a infância passa, corre a infância
E a vida começa e a vida processa e a vida morre,
Mas os bons cedo tardam e os maus tarde cedam...
Porém, a melancólica arte de brincar na ciência
Mostra a simplória superioridade da poesia que se sorve
Na vida que fotos deixa na passagem dos poetas que se façam...
Quero um dia poder ter a sorte da arte que escorre pelas veias
Do artista que morre de arcar com as consequências de achar
Sobre as coisas do tempo que escorre, sem esquecer das teias
Que a aranha deixa ao passar qual vida que o tempo está a matar...
Então, bebamos cicuta e morramos para cedo tardar em oposição,
Mas, se quisermos viver, amemos logo e sempre para tarde ceder
Ao coração do sentimento de amor que nos absorve sem mágoas no coração,
Pois a vida é morte e a morte é vida, mas a poesia supera ao pretender...