O teatro espetacular da sombra

O sofrimento que tive foi eterno como um deus

Que jamais cessava, um sentimento que em mim doía,

Mas a música da vida tocava com os instrumentos seus

E os artistas que nela labutavam por ela se iam...

Eu tentei conseguir outro cargo nesse teatro,

Mas só consegui o de vampiro, então comecei a chorar,

Chorei até um rio de lágrimas correr por dentro

Do meu peito que ficou a parar, sem querer cantar...

Peço apenas o sofrimento de menino longe da mãe,

A pátria lida da labuta infindável de amar o tempo ido,

Mas choro apenas sobre o choro chorado numa oração...

Corre vida, corre rio, vai pássaro sofrido, são tempos sães

Os que chegam num futuro que nunca tarda e que nunca chega, sempre sofrido,

Num palco de um espetáculo mudo onde a morte é o principal coração...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 07/01/2014
Reeditado em 07/01/2014
Código do texto: T4639492
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