Soneto Hantu #1
Eis que do vazio surge algo derrepente
Que é tudo sem nunca ter sido nada
Reis e rainhas tombaram em vão
Em busca do fim que nunca acaba
Mas isso virá para quem não o busca
Para ser e não ser, aonde for
Viajante errante vaga errante
Para dar a sua dádiva forma e cor
Nem tudo que terminou está acabado
Algo sem existência dá a redenção
Talvez seja maisalgo a ser inventado
Troque as certezas pela imaginação
O nada está em tudo que foi invocado
A existência aguarda sua abdicação