No descompasso

Bate, coração, no descompasso
De antigos amores sepultados.
De todas as coisas que não faço
Para suprir os sonhos inacabados.

Voa, pensamento, na saudade
Da vida vazia, quase extinta.
E insiste em enganar, para que sinta
O fim de uma história sem verdade.

Cega-me e cala-me na crua sorte
Das entranhas expostas e na morte
Das ilusões que carreguei comigo!

Não te detenhas, nem por um segundo,
Nas profundezas deste estranho mundo
Pois se morreres...eu morrerei contigo!

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