Mágoa
Calcas a alma, só, desarranjada
Malquistas a nobreza do sorrir
E ri-te d'alma po ti intrujada
Mataste o amor é o fez suprimir.
Calcas a alma, magoada...
Por tanto que me enganara
Ainda que te dissesses cansada
Calada, o meu coração magoara.
Veste agora a tua saia, rasgada
Pela vergonha que não há de segui-la
A nódoa que jamais há de imprimi-la.
Mas algo há-de calcar a alma
E por mais que queira esquece-la
Como sina, em tua vida há-de tê-la.