Mágoa

Calcas a alma, só, desarranjada

Malquistas a nobreza do sorrir

E ri-te d'alma po ti intrujada

Mataste o amor é o fez suprimir.

Calcas a alma, magoada...

Por tanto que me enganara

Ainda que te dissesses cansada

Calada, o meu coração magoara.

Veste agora a tua saia, rasgada

Pela vergonha que não há de segui-la

A nódoa que jamais há de imprimi-la.

Mas algo há-de calcar a alma

E por mais que queira esquece-la

Como sina, em tua vida há-de tê-la.

Junior Antonio
Enviado por Junior Antonio em 25/04/2007
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