SEM RIOS, SEM ALEGRIAS, SEM VIDA

SEM RIOS, SEM ALEGRIAS, SEM VIDA...

Carlos JotaPê Figueiredo

Queridos rios que eu amo tanto...

Obras divinas que eu admirei!...

Esfacelado, o coração em pranto

e desespero os vê morrer... e eu sei...

Sujos, secando, sempre abandonados,

receptáculos de mil despejos,

sofro por vê-los vilipendiados

nos grandes centros ou nos vilarejos...

Por extensão, envolvo-me em tristezas

sempre que lembro de tantas belezas,

que o rio tinha e que não tem agora...

Passeios, pesca, banhos, travessuras!

Oh! Deus, socorra minha desventura,

que os rios morrem... e minh’alma chora!