Soneto da possível distância
Por mais que haja distância entre o sol e a lua
Ela sempre há de brilhar enquanto o outro existir
Mesmo que minha casa fique bem longe da sua
O caminho em direção a ela sempre ei de seguir
Se o medo que tenho de te perder voltar e insistir
Em assombrar meu peito, vou morar na sua rua
Para que todos os dias eu possa te ver e te sentir
Eu quero você toda minha, todo dia, todinha nua
Enquanto achares que meu barco está sumindo no mar
No filzinho de resto de raio de sol que rabisca o oceano
É que irei voltar, com o vento da saudade que virá soprar...
Navegando, balançando, cortando as ondas até te encontrar
E quando eu olhar pra trás, verei toda tristeza 'naufragano'
E jogarei âncora no seus braços e nunca mais voltarei a marear