Soneto da possível distância

Por mais que haja distância entre o sol e a lua

Ela sempre há de brilhar enquanto o outro existir

Mesmo que minha casa fique bem longe da sua

O caminho em direção a ela sempre ei de seguir

Se o medo que tenho de te perder voltar e insistir

Em assombrar meu peito, vou morar na sua rua

Para que todos os dias eu possa te ver e te sentir

Eu quero você toda minha, todo dia, todinha nua

Enquanto achares que meu barco está sumindo no mar

No filzinho de resto de raio de sol que rabisca o oceano

É que irei voltar, com o vento da saudade que virá soprar...

Navegando, balançando, cortando as ondas até te encontrar

E quando eu olhar pra trás, verei toda tristeza 'naufragano'

E jogarei âncora no seus braços e nunca mais voltarei a marear

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 25/04/2007
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