A Afrodite
Em teu corpo no deleite da amante,
A contemplar a textura da tez vacilante
A pele dilacerante a emanar o perfume
Onde a aventureira se perde no costume.
Como num navio a navegar tolerante
Mal surge o vento nas velas ante
Um delirar de corpos no sexo lume
Rumo ao gozo infernal que resume.
Teus olhos negros provocam e trazem
Rancor ou doçura em jóias frias luzem
O ouro e a gema pecaminosa do ar.
Ao ver a cadência das ancas a exaustão
Digo a Afrodite na dança do coração
No alto da alcova com gemidos a soar.
Herr Doktor