Coma Embutido

Coma Embutido

(Soneto)

As pálpebras deixaram a indolência…

Afastaram de si o imenso peso.

Aquele que por anos ‘desaceso’,

Deixou um olhar com sonhos sem vidência,

Um corpo reactivo com dormência,

À mercê dos tiranos… indefeso.

Um alguém que era nulo, inerte, incoeso,

Foi liberto do coma e da latência!

Diluíram-se os tempos de ignorância,

Das dores induzidas por insulto.

Da infinda bonomia e tolerância,

Daquele que era visto como um vulto…

Como alguém que emanava redundância,

Por lhe terem proibido ser adulto!

André Rodrigues 31/12/2013

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 03/01/2014
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