Soneto ao Novo Amor
Vejam amigos meus a bela travessura da vida,
No ocaso dos meus dias, na aurora de um novo ano,
Deu-me ela um novo amor e não o fez por engano,
Talvez por ouvir meu canto, deu-me a mulher prometida.
Vestida em clara tez morena, foi ela posta a meu lado,
Num ônibus que nos levava a Colônia do Sacramento,
Parecia venturoso sonho, aquele tenro momento,
Nos olhamos bem nos olhos, com um sorriso encabulado.
Passeamos de mãos dadas nas antigas ruas irregulares,
Excitamos nossos sonhos com a magia do lugar,
Nos deslumbramos conosco, indescritível momento.
As margens do Rio da Prata, tão envolvente quanto os mares,
Sorrisos de nós brotaram, sempre imersos ao luar,
Um beijo, ao nascer do ano, pra selar os nascimentos.