Orgia
Como uma dama, com boca de feiticeira,
Com peçonha de ofídio ao pé da pedra
No peito a afligir sob o gusa que quebra
Diria o clamor imerso na paixão fronteira.
A boca molhada e trago o vinho na gibeira
No denso da cama da bruxa que tanto medra
Nua pele de bronze e as carnes em Genebra
As fortunas do homem dominado de primeira.
Doutora do sexo e volúpia em beijos e lábios,
De um amante louco que pensa como os sábios
Quando as mamas ofertas ao cão que a mordisca.
Libertina e orgástica mulher tão arisca
Nos macios lençois brancos e envolventes
Perdem a razão por ela os seres dementes.
Herr Doktor