Soneto De Amor E Fidelidade À Escrita
Procuro com afinco, seguir as regras,
E tento não ser prolixo.
Num aperfeiçoamento sem tréguas,
Vos faço este registro.
Escrevo porque gosto, afinal,
Não sou lá de fazer sacrifícios.
Sou um sujeito quase normal.
Quase? Faltam-me certos vícios.
O homem perfeito é devaneio puro.
O poeta? Ah, este é gênio, ou pura ironia,
Enchendo vossa cabeça com tanta fantasia!
Quantas vezes vos tenho dito:
Ser idôneo é, uma meio ingrata missão,
Na impossibilidade de ter-se a perfeição.