ROTINA

Há quanto tempo, não vou ao cinema,
Nas tardes douradas, mãos dadas contigo,
Não choro com o romantismo das cenas,
E na emoção procuro o seu abrigo.

Há quanto tempo, não ficamos sentados,
Na calçada entoando canções de vida,
Rindo, passando o tempo despreocupados,
Emoldurados pela noite luzida.

Há quanto tempo, não vou à floricultura,
Encomendo flores de sua preferência,
E te ofereço com olhar de ternura.

Há quanto tempo, não temos mais utopias,
Pois, deixamos a rotina levar a essência,
Do amor que movia os nossos dias.