Ao sertanejo
Na miséria vulgar do meu sertão
Eu descrevo um soneto verdadeiro
Sobre a vida sinistra do roceiro
Que ainda vive na tosca escravidão
Ao sertanejo humilde nosso irmão
Eu dedico meu verso justiceiro
Esse herói que trabalha o tempo inteiro
Para dar vida aos bobos da nação
Não tem hora minuto nem segundo
Que esse herói não seja tão fecundo
E defesa da grande liberdade
Muitas vezes se sente felizardo
Quando escuta na voz do grande bardo
Um poema que fala de igualdade