Imagem do Google / br.freepik.com



DEMAIS E SEMPRE [469]
 

Por mais eu tente pôr em dia a minha vida,
ponto me falta ainda que não fecha as contas;
e meu eu surfa, aí, no teu,  e vai-se às tontas,
como se algum sem-pátria à hora da partida.
 
Preciso me aprumar e me conter as pontas,
seja descendo escarpas, seja na subida,
para aclarar ao mundo quão me és querida,
mesmo de línguas tantas eu só ouça afrontas.
 
Em novos ares, hei postar-me de atalaia;
na mudança dos gestos, ter discernimento,
a fim de que do rumo certo o pé não saia.
 
E somente contigo, pois, no vau de estradas,
muito unidos, nós dois, no amor marcando tento,
duas almas demais e sempre bem-amadas.

 
Fort., 30/12/2013.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 30/12/2013
Reeditado em 30/12/2013
Código do texto: T4630325
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.