ARDÊNCIA

ARDÊNCIA

Joyce Sameitat

Um dia que já nasceu derretido;

Moldando em luz forte o coração...

Que pensa já ser sua forma borrão;

No asfalto ondulante e esmaecido...

Escorre o suor por veias dilatadas;

Enquanto alucinação está presente...

Gotas salgadas passeiam na mente;

E meu corpo ardido pede por geada...

Os sonhos são sopa que não se come;

E persevera insistente o enorme calor...

Remexe-se em mim até mesmo o amor;

Que quer com ilusões matar sua fome...

Mas vão aos poucos também derretendo;

E tudo que sou vai no ardor desfazendo...

SP - Dezembro 2013

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 27/12/2013
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