Prisioneiro
Eu me sinto igualmente um passarinho
Prisioneiro na cela da saudade,
Que sem ter o direito à liberdade...
Canta triste distante do seu ninho.
Quando vôo, dou rasante em desalinho
E termino batendo contra a grade,
Nessa hora o desespero me invade
Por viver nessa gaiola sozinho.
Quem tá fora me vê sempre cantando,
Na verdade não canto... Estou chorando!
Toda mágoa da minha solidão;
Quem me dera um alguém me libertasse
E ao meu lado no céu, então voasse...
Me livrando de vez dessa prisão.
Lucélia Santos
18/12/13