Prisioneiro

Eu me sinto igualmente um passarinho

Prisioneiro na cela da saudade,

Que sem ter o direito à liberdade...

Canta triste distante do seu ninho.

Quando vôo, dou rasante em desalinho

E termino batendo contra a grade,

Nessa hora o desespero me invade

Por viver nessa gaiola sozinho.

Quem tá fora me vê sempre cantando,

Na verdade não canto... Estou chorando!

Toda mágoa da minha solidão;

Quem me dera um alguém me libertasse

E ao meu lado no céu, então voasse...

Me livrando de vez dessa prisão.

Lucélia Santos

18/12/13

Lucélia Santos
Enviado por Lucélia Santos em 26/12/2013
Código do texto: T4626511
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