UMA FLOR SEM SER FLOR
Odir Milanez
Não tinha nada a ver com verde ou rosa,
nenhuma coisa a haver com o ser que era.
Um permeio de má, de melindrosa,
que floria, qual flor, na primavera.
De longe, lembraria ser de vera:
uma flor com colores de cheirosa,
de um beija-flor do beijo estando à espera,
espera por demais esperançosa....
Um dia a vi de perto. Uma quimera:
Colorida de espinhos, espinhosa,
ao invés da corola, uma cratera!
De onde assomava a seiva venenosa
que matara a quem beijo algum lhe dera,
essa flor sem ser flor, hera horrorosa!
JPessoa/PB
25.12.2013
oklima
*************
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...
***
Interagindo com o poeta Fernando Cunha Lima
em seu soneto "A Flor do Asco", no site "Poesia Pura", que aqui registro com meus aplausos:
****
FLOR DO ASCO
Fernando Milanez
Tinha uma flor sozinha numa estrada,
Nunca foi aguada a pobrezinha,
No seu destino de estar sozinha,
Vivia totalmente desprezada,
Certa manhã durante a orvalhada,
A flor ficou molhada, molhadinha,
Uma ave azul lhe adivinha,
Procura mel mais não encontra nada.
Foi descoberto então qual o mistério,
O pássaro ao notar ficou tão sério,
Ao ver quem era ela foi embora.
A flor só tinha espinhos e seu perfume,
Não tinha cheiro como de costume,
Era horrorosa por dentro e por fora.
Fernando cunha lima 24-12-13.
********
Interação que recebo, e registro com aplausos,
do poeta português Eugénio de Sá.
***
Lisboa, 25.12.2013
Odir Milanez
Não tinha nada a ver com verde ou rosa,
nenhuma coisa a haver com o ser que era.
Um permeio de má, de melindrosa,
que floria, qual flor, na primavera.
De longe, lembraria ser de vera:
uma flor com colores de cheirosa,
de um beija-flor do beijo estando à espera,
espera por demais esperançosa....
Um dia a vi de perto. Uma quimera:
Colorida de espinhos, espinhosa,
ao invés da corola, uma cratera!
De onde assomava a seiva venenosa
que matara a quem beijo algum lhe dera,
essa flor sem ser flor, hera horrorosa!
JPessoa/PB
25.12.2013
oklima
*************
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...
***
Interagindo com o poeta Fernando Cunha Lima
em seu soneto "A Flor do Asco", no site "Poesia Pura", que aqui registro com meus aplausos:
****
FLOR DO ASCO
Fernando Milanez
Tinha uma flor sozinha numa estrada,
Nunca foi aguada a pobrezinha,
No seu destino de estar sozinha,
Vivia totalmente desprezada,
Certa manhã durante a orvalhada,
A flor ficou molhada, molhadinha,
Uma ave azul lhe adivinha,
Procura mel mais não encontra nada.
Foi descoberto então qual o mistério,
O pássaro ao notar ficou tão sério,
Ao ver quem era ela foi embora.
A flor só tinha espinhos e seu perfume,
Não tinha cheiro como de costume,
Era horrorosa por dentro e por fora.
Fernando cunha lima 24-12-13.
********
Interação que recebo, e registro com aplausos,
do poeta português Eugénio de Sá.
***
A Flor Maldita
Eugénio de Sá
Flor da desilusão, fora forjada
no jardim de um diabo disfarçado
e c'os dejetos dele fora adubada
e criada em segredo, a bom recato
Até que o ser a ela destinado
incauto e inocente a recebesse
e ao beijá-la ficasse encantado
Sujeito a tudo o que o demo quisesse
Mas sempre Jesus sabe o que fazer;
em pouco tempo fez apodrecer
a flor criada bela e em esplendor
E o fétido odor dela brotado
Fez o incautou acordar sobressaltado
E correr ao altar a se benzer
Lisboa, 25.12.2013