O motel de Artur

La no motel de Artur ninguém dispensa

O carinho da tosca doidivana

A troco de loucura soldo e cana

O velhote lá perde a sua crença

Não tem conselho fiel que o convença

Que aquela casa é mais do que profana

Lugar sinistro que a mulher mundana

Vai semear o germe da doença

Preso ao sexo cruel da rude dama

Rolam os dois amantes sobre a cama

Encantados com a luz do abajur

Neste meio ninguém sabe quem é quem

Ele gasta até mesmo o que não tem

Pra manter o motel do velho Artur

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 24/12/2013
Reeditado em 30/12/2013
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