COMO UM REI A REINAR NA ETERNIDADE
Faço do meu soneto o puro amor,
Que já mais nada dele peço mais
Do que os loucos prazeres tão carnais,
No reino da paixão, maior calor...
E que assim ouça todos meus sinais,
Do quão amor carrego em sedutor
Coração, que demonstra nova cor,
Nos meus gritos deveras tão demais.
Não me controlo deste amor que sinto,
Acusado de mim por mero instinto,
Porque o que sinto é a mais pura verdade!
E no peito de ardente amor circula
O maior sentimento que me pula,
Como um rei a reinar na eternidade.
Ângelo Augusto