A mancha do poeta

O amor que possuo não vai além da folha,

Ele espera para se expressar até chegar

A um coração cuja lágrima o poema molha

E uma emoção surge no papel ao secar…

Porém, o escritor, ao escrever, não está

Livre da tempestade que se processa ali:

Ele é o capitão de um navio que flutua lá,

No fundo da alma, a transportar a si…

O palhaço que o poeta representa e fantasia

Esconde o poema com palavras meigas,

Mas a alma humana sente a tempestade que ia

E vinha, num nascer e pôr do Sol de flores feias…

Porém, a saudade do passageiro se distancia

No escrito, mas se aproxima na mancha sua...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 23/12/2013
Reeditado em 23/12/2013
Código do texto: T4623144
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