O comensal
Do passado querido estou distante
Hoje cantando a minha desventura
A minha alma repleta de ternura
Vai vivendo esse quadro horripilante
Trago em mim essa mágoa tão constante
Essa dor crucial essa tristura
É o tormento vulgar da criatura
Retratando essa vida degradante
É o grito de um gênio atormentado
Um poeta que vive acorrentado
Pelos braços da tosca natureza
Uma estrela apagada no universo
Um talento nostálgico e submerso
Mendigando no prato da pobreza