Ao menestrel da viola
Andarilho noturno do deserto
Companheiro da negra solidão
Menestrel nostálgico do sertão
Que procura do povo estar mais perto
Na humildade seu nome está inserto
Seresteiro vulgar do meu rincão
Como o grande Catulo da Paixão
Você também se sente um ser liberto
O repente que brota do seu crânio
Mostra o quanto você é momentâneo
Na disputa invulgar do cantador
Demiurgo erudito do universo
Que na sábia ciência do seu verso
Não precisa das letras de doutor.