VOU VOLTAR AO NADA
Nunca fiz falta, nunca faço falta
Nem nunca farei falta ao universo,
Sou apenas um mero pó disperso,
Que nada vale e nada mais exalta.
Nada vive no pó e nada salta,
Somente na água fico tão imerso,
Numa galáxia e mundo já diverso,
No reflexo do sol da lua alta!
Quanta matéria existe em pó desfeita,
Exposta à evolução irreversível,
Duma transformação a que é sujeita!
Neste universo mórbido e invisível,
Nem a memória vai sequer ficar,
Do que existiu, ao nada vai tornar.
Ângelo Augusto