VOU VOLTAR AO NADA

Nunca fiz falta, nunca faço falta

Nem nunca farei falta ao universo,

Sou apenas um mero pó disperso,

Que nada vale e nada mais exalta.

Nada vive no pó e nada salta,

Somente na água fico tão imerso,

Numa galáxia e mundo já diverso,

No reflexo do sol da lua alta!

Quanta matéria existe em pó desfeita,

Exposta à evolução irreversível,

Duma transformação a que é sujeita!

Neste universo mórbido e invisível,

Nem a memória vai sequer ficar,

Do que existiu, ao nada vai tornar.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 23/12/2013
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