Abstruso, amor...
 
Nada do que foi um dia será de volta
Nem algum amor complexo, puro,
O que foi desejo intenso, e seguro
Que nada voltará a ser paixão revolta!
 
Que entendo o pescador à vara que solta...
Que ao criador das águas, impuro
Por os teus olhos de feito escuro,
Por o mar azul de fulgor a minha porta...
 
Que o amor nos seja honrado!
Que nada nos seja de tristeza e de pecado,
Mas de pulsar intenso ao coração!
 
Que então, amor, ao meu corpo,
Que não seja o seu desejo implexo, absorto,
Mas que seja eterno sem ser vão!...
 
(Poeta Dolandmay)


 
Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 22/12/2013
Reeditado em 22/12/2013
Código do texto: T4621989
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