ESQUARTEJARAM O NATAL.

Esquartejaram o natal o deixaram manco,

Se não bastasse quebraram sua clavícula,

Do original sobrou apenas o lindo nome,

E tudo o mais é uma encenação ridícula.

O mercantilismo deu-lhe outra vestimenta,

Da manjedoura por vezes ouvimos até falar,

Os olhares são direcionados para o tesouro,

Cujos interesses manda rápido implementar.

Fico a pensar no pesar dos seus protagonistas,

Família humilde sem uma casa para morar,

Hoje se abrigam nos ambientes mas futuristas.

Falta montarem um presépio lá no espaço,

Na estação dos incrementos da bel ciência,

E assim Jesus lá chegaria em poucos passos.

Este soneto narra a minha estranheza aos rumos que o mercantilismo deu ao natal, e o meu espanto com a conivência do homem, nesta desvirtuação dum fato relevante, que Deus nos tenha piedade, MJ.