O espelho factual
No revoar dos pássaros pelo céu límpido,
Em cada pedra depositada no leito do rio,
Reside a pureza, a simplicidade e o encanto,
Do retrato fidedigno do completo alvedrio.
Sem amarras que possam açoitar o espírito,
Ou mesmo regras frias e sórdidas a arbitrar,
As nossas vidas, e como num sonho bonito,
Viver a intensidade absoluta do pleno amar.
Sonhos acompanhados de ilusões insanas,
Vão da bondade, as malévolas mundanas,
E permeiam nossos pensamentos todos.
A realidade pura e nua ante nossos olhos,
Nos contrapõe ante o espelho do factual,
Revelando a veleidade do desejo natural.