PEDIDO

Venho neste soneto, qual se carta,

para fazer também o meu pedido;

embora, acho que não sou merecido,

p'la minha rabugice tanto farta!

Mas, qualquer malefício meu, descarta!

Pois, sou um homem dos menos atrevidos,

e, apenas, com o rosto revestido

de humildade, aqui venho nesta carta:

Pedir com todo amor e meu carinho,

ao sempre bom, querido velhinho,

que não esqueça a flor deste jardineiro!

Pois, quem cuida de tantas flores na lida,

não tem, sequer, a sua flor na vida,

p'ra construir seu jardim prazenteiro!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 21/12/2013
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