As Mãos que me Acarinham
As Mãos que me Acarinham!
(Soneto)
Não confio nas mãos que me acarinham!
Terão que corpos elas percorrido?
A quantos corações se prometido,
E agora do jurar se desalinham?
Delas tenho certezas que definham,
Quais crenças de um fiel desconvertido;
Que não crê, nem está mais iludido
Com os seus “para sempres” que se apinham!
Não me quero aturdir com a carícia…
Nem deixar seduzir pela malícia
De seu incongruente sentimento!
Nelas fito falácia com perícia.
E sua eternidade vitalícia,
É firme qual soprar de um fátuo vento!
André Rodrigues 18/12/2013