A ESTRADA DA VIDA
Odir Milanez
 
 
À procura do nada adentrei no desvio
das distâncias descentes, de pisos sem prumo,
das desoras deformes do meu desvario,
reinando arrastar do que resto um resumo.
 
Embrenhei-me nas brenhas do espaço vazio
onde o amor se perdeu, sem roteiro, sem rumo.
Ao invés de consolo, houve falta, houve frio,
houve a sombra sem alma, sem seiva, sem sumo...
 
Fui afim do futuro, sem quê nem por quê,
os meus passos penando a procura do nada,
quando o nada não vive onde o vivo se vê.
 
Entendendo, afinal, a procura acabada,
entre os entes do nada não vendo você,
quis voltar mas perdi-me da vida da estrada...
 
 
JPessoa/PB
19.12.2013
oklima

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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...

 
oklima
Enviado por oklima em 19/12/2013
Código do texto: T4618437
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