“ENTREGUES”
Diante de ti, eu me pus
Amante! Voluptuosa amada.
Como árvore desfolhada
De vergonha e peitos nus.
Nós, receita de prazeres crus
Cozendo ao lume da paixão.
Desejos. Corpos em ebulição
Se amando à meia-luz.
A alcova embebida de suor e odores,
Nossas carnes já livres dos pudores
Buscam o topo em frenético afã...
Como o mar num vaivém preciso
Toca a areia. Eu, o jovem no paraíso
Em pecado a morder-te a maçã.