Lei do amor
Este sentimento que hei de sentir,
Será tão grande, e forte, e puro,
Que mesmo no cálice do mais obscuro
A áurea claridade há de refletir.
E este traiçoeiro encher-me-á de plenitude,
E a sem-razão-alguma, o calar, os choros sufocados
Hão de ser meus maiores aliados
No sonho intermitente dos olhares da quietude.
Venha-me, lindo e exacerbado amante!
Tenha-me como a próxima vítima
De tua necessidade errante!
E quando o auge do alento chegar,
Tremendo tudo ao redor em poesia,
Hás de deixar-me, pois és droga viciante.
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