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        VIDA AGRESTE [465]
 


Dispo-me do passado, sem constrangimento:
quero viver meus tempos com disposição,
 pondo ao sabor d’azuis pitadas de emoção,
sem remoer estorvos nem qualquer lamento.
 

Das névoas que passaram e que longe vão,
vislumbro cada vez manter o afastamento
e, para tal, sem mais, sozinho me contento,
a fim de que comigo viva em comunhão.
 

Ao copiar dalgum chalé, bem campesino,
em rede de varandas, feita no Nordeste,
d’aves alegres quero o som mais cristalino.
 

De tudo o mais, então, distante e desligado,
sentido n’alma a cor feliz da vida agreste,
por ti, ainda, possa – ao menos – ser lembrado.
 

Fort., 17/12/2013.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 17/12/2013
Código do texto: T4616089
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