UM DESEJO DE PURA MALDADE
Tenho desejo em ver o sangue humano
Escorrer sobre as caras desoladas
De sofrimento e angústia, no que o dano
Seja maior que as almas condenadas...
Adoro a gente em pranto todo ano,
Ó que felicidade em acabadas
Esperanças das crianças deste engano,
Criaturas tristemente desgraçadas!
Apenas sou a liberdade em mal
Profundo e quero que se fodam todos,
E que tudo apodreça eternamente...
Quanta satisfação no desigual,
Em ver humanos todos entre os lodos,
No inferno tão perpétuo lentamente...
Ângelo Augusto