Segue a lua, majestosa e plena
Neste céu, risonha e tão calma
Estendendo seu amarelo véu
Sobre as nossas tristes almas!
Oh! impolutas do alto, tudo vês
Dize-me o que vai no meu futuro
Quisera a tua luz, ainda me dês
Quando morar no ventre escuro
Se pudesse, pegaria eu, a tua mão
Tu de chuquinha, vestida de laranja
Em teu colo, o inseparável brinquedo
De braços abertos, brincaríamos de avião
Eu afugentando os fantasmas da noite
Rompendo todas as sombras do medo!