Soneto em Repúdio a Beleza Artificial
O importante é chamar a atenção.
Clareando com flúor um sorriso...
Um olhar colorido é tão preciso...
Silicone... Botox... Ilusão!
Suavizadas as linhas de expressão,
A frieza de um rosto todo liso
Até mesmo parece um aviso
Que antecede a dor da solidão.
Pois quem vive apenas de aparência,
Qual Narciso, é vítima fatal
Da cegueira da auto-idolatria.
Explorar de teu corpo a essência,
É manter a beleza natural
De um sorriso com rugas de alegria.
* Este Soneto recebeu menção honrosa no 9º Concurso Literário "Acrísio de Camargo" realizado em Indaiatuba/SP - Dez/2013