CURVAS
CURVAS
Joyce Sameitat
Aspiro as sombras de folhagens farfalhantes;
Que passeiam entre os galhos perfumados...
Pelos cheiros destes verdes recém lavados;
Em meio a chuva que despenca retumbante...
Massas de vento correm muito agitadas;
Deixando eu entrever cores em seu meio...
Que se esfacelam rápidas nos entremeios;
Das vorazes, firmes e tonitruantes rajadas...
E neste vendaval que ao coração todo agita;
Sofre minha mente que a sonhos mastiga...
Tentando deter a este etéreo e maluco vento;
Mas ele é bem real e com muita ira arremete...
Nesta imensa natureza que logo se enfurece;
E escondo o meu amor nas curvas do tempo...
SP - Dezembro 2013